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7 de fev. de 2011

Mulheres

Em hotep!
Dentro do kemetismo não existe nenhum tipo de discriminação com relação a sexo, idade, cor de pele, orientação sexual, condição econômico-social etc. Querem prova maior do que a líder da religião ser mulher?
As histórias dos deuses nos mostram que as mulheres podiam exercer vários papéis. Por exemplo, Aset não é apenas uma rainha por ser casada com Wesir – em sua ausência, ela governou Kemet e, mesmo junto a Wesir, possui poder de decisão. Além disso, quando estava em busca de seu marido, trabalhou como serva de uma rainha e babá. Isto sem contar seu aspecto mais conhecido, o de maga. Outro caso é o de Sekhmet, que possui habilidades de guerreira tão boas quanto as de curandeira.  
É possível constatar através de papiros e manuscritos que juridicamente a mulher egípcia possuía paridade de direitos com os homens. As mulheres podiam ter profissões remuneradas (parteiras, sacerdotisas, dançarinas, governantas), negócios próprios (como tecelagem ou perfumarias), vender e comprar bens, libertar escravos e tinham direito sobre propriedades herdadas ou compradas. Por exemplo, em caso de falecimento do marido, tinham direito a 2/3 dos bens. Um fato curioso é que na Grécia – o berço da democracia - as mulheres não tinham tantos direitos quanto as mulheres de Kemet.
            Como a religião kemética (antiga e atual) baseia-se na questão dos ciclos, a fertilidade era muito valorizada. Desta forma, esperava-se que as mulheres fossem férteis e pudessem gerar muitos filhos – e não vamos esquecer que a fertilidade também era um símbolo de status social.  Quando uma mulher tornava-se mãe, de preferência no primeiro ano de seu casamento, ela ganhava mais respeito tanto da sociedade quanto de sua família. Mulheres estéreis não eram tão valorizadas socialmente, já que não podiam dar continuidade “legítima” a descendência de um homem, mas possuíam o direito de adotar crianças se desejassem.
            O casamento, apesar de ser visto como um compromisso a ser honrado, não envolvia cerimônia religiosa ou algum tipo de comemoração especial. A vida adulta, para uma mulher, era marcada por sua primeira menstruação por isso, geralmente se casava por volta dos 14 anos mais ou menos, embora tenham sido encontradas múmias de esposas com 10 anos de idade.  Não havia cobranças com relação a virgindade para o casamento, já que a sexualidade era estimulada e expressada – e muitas vezes vivida pelo casal antes mesmo do casamento. 

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