O interessante de se ter vizinhos é estar aberto ao contato com eles - sim, isso é extremamente óbvio, mas na realidade, não é bem assim.
Foi espiando por entre as árvores do bosque, que catei a informação de que hoje é o Dia da Memória Pagã. A data serve para lembrar de todos os pagãos* de outras eras.
Muitas destas pessoas deixaram heranças preciosas em forma de escritos que chegam às nossas mãos hoje. Outras, deixaram atos, figuras, tendências que ainda são possíveis de serem acessadas por nós. Por tudo isso sou grata - e a maioria de nós que está no circuito deveria ser também -, afinal o que seríamos de nós hoje sem esse povo do ontem?
Não, não acordei e bebi o elixir da obviedade. É que gosto de pensar nestas outras pessoas vez por outra. Não estou falando dos que morreram em priscas eras ou grandes nomes da história. Sim, estes são importantes, mas meu pensamento vai para quem ainda está aqui hoje.
Na Ortodoxia Kemética temos os sebau: quem ensina, aqueles com quem aprendemos. Isso não é titulação só para quem é super pica das galáxias dos estudos infinitos e títulos motherfucker.
(e na maior parte das vezes não passa disso mesmo, só falam asneiras e só vão se queimando na fogueira das vaidades, mas isso é outra prosa)
(e na maior parte das vezes não passa disso mesmo, só falam asneiras e só vão se queimando na fogueira das vaidades, mas isso é outra prosa)
Sebau são pessoas com quem aprendemos e tem nosso respeito e admiração.
São pessoas que ao passarem seus ensinamentos, muitas vezes sem nem perceber que estão nos ensinando algo, tocam nossas almas, nosso intelecto, a gente como um todo.
Aí muito digno termos uma data como hoje. Muito digno lembrarmos de pagãos fodásticos, pessoas que morreram defendendo suas causas - porque isso é fodástico mesmo. Mas aqui, e no palácio minha homenagem vai para aqueles que estão por aí, e que chegaram um pouco antes que eu, seja no mundo ou nas suas fés.
Hoje eu lembro da Nisut (AUS), de conversas ao sol com pessoal da celtaiada, das cervejas e das risadas com pessoal do axé, das noites gastas em chats com povo da House of Netjer, dos festivais celebrados com o viking, das tantas prosas com os helenos, do bruxedo que dança na minha volta ao longo dos anos, dos tantos e tantos nomes de internet que falaram (e falam) em listas, grupos, sites comunidades, blogs - e que em alguns casos tive até o prazer de conhecer.
Bom, de acordo com o protocolo, dedica-se uma vela para estas pessoas. Adiciono abraços, e um dua! o//